A Mente do Rei: Redes Neurais em Hologramas Físicos 2 - Memória




Por Julio Sergio de Souza

   "Memória" significa aquisição, formação, conservação e evocação de informações. A aquisição é também chamada de aprendizado ou aprendizagem: só se "grava" aquilo que foi aprendido. A evocação é também chamada de recordação, lembrança, recuperação. Só lembramos aquilo que gravamos, aquilo que foi aprendido.
   Podemos afirmar que somos aquilo que recordamos, literalmente. Não podemos fazer aquilo que não sabemos, nem comunicar nada que desconheçamos, isto é, nada que não esteja na nossa memória. Também não estão a nossa disposição os conhecimentos inacessíveis, nem formam parte de nós episódios dos quais esquecemos ou os quais nunca atravessamos. O acervo de nossas memórias faz com que cada um de nós seja o que é: um indivíduo, um ser para o qual não existe outro idêntico.

  Também somos o que resolvemos esquecer". Sem dúvida; mas não há como negar que isso já constitui um processo ativo, uma prática da memória: nosso cérebro "lembra" quais são as memórias que não quer trazer à tona, e evita recordá-las: as humilhações, por exemplo, ou as situações profundamente desagradáveis ou inconvenientes. De fato, não as esquece, pelo contrário: as lembra muito bem e muito seletivamente, mas as torna de difícil acesso.

  O passado, nossas memórias, nossos esquecimentos voluntários, não só nos dizem quem somos, como também nos permitem projetar o futuro; isto é, nos dizem quem poderemos ser. O passado contém o acervo de dados, o único que possuímos, o tesouro que nos permite traçar linhas a partir dele, atravessando, rumo ao futuro, o efêmero presente em que vivemos. Não somos outra coisa se não isso; não podemos sê-lo. Se não temos hoje a Ciência entre nossas memórias, não poderemos praticá-la amanhã. Se não nos lembramos de como se faz para caminhar, não poderemos fazê-lo. Se não recebemos amor quando crianças, dificilmente saberemos oferecê-lo quando adultos.

  O conjunto das memórias de cada um determina aquilo que se denomina personalidade ou forma de ser. Um humano ou um animal criado no medo será mais cuidadoso, introvertido, lutador ou ressentido, dependendo de suas lembranças específicas mais do que de suas propriedades congênitas. Nem sequer as memórias dos seres clonados (como os gêmeos univitelinos) são iguais; as experiências de vida de cada um são diferentes. Uma ovelha clonada de outra ovelha terá mais ou menos acesso à comida do que a ovelha original, ficará prenhe mais ou menos vezes, seus partos serão mais ou menos dolorosos, sofrerá mais a chuva ou o calor que a outra; e as duas não serão exatamente iguais, exceto na aparência física.

  Memória têm os computadores, as bibliotecas, o cachorro que nos reconhece pelo cheiro depois de vários anos, os elefantes de quem se diz terem muita (mas ninguém mediu), os povos ou países e, logicamente, nós, os humanos.
  Mas cada elefante, cada cachorro e cada ser humano é quem é, um indivíduo diferente de qualquer congênere, graças justamente à memória; a coleção pessoal de lembranças de cada indivíduo é distinta das demais, é única. Todos recordamos nossos pais, mas os pais de cada um de nós foram diferentes. 

  Todos recordamos, geralmente vaga mas prazerosamente, a casa onde passamos nossa primeira infância; mas a infância de uns foi mais feliz que a de outros, e as casas de alguns desafortunados trazem más lembranças. Todos recordamos nossa rua, mas a rua de cada um foi diferente. Eu sou quem sou, cada um é quem é, porque todos lembramos de coisas que nos são próprias e exclusivas e não pertencem a mais ninguém. Nossas memórias fazem com que cada ser humano ou animal seja um ser único, um indivíduo. 

  O acervo das memórias de cada um nos converte em indivíduos. Porém, tanto nós como os demais animais, embora indivíduos, não sabemos viver muito bem em isolamento: formamos grupos. "Deus os cria e eles se juntam", afirma o ditado popular. Esse fenômeno é tanto mais intenso e importante quanto mais evoluído seja o animal. A necessidade da interação entre membros da mesma espécie, ou entre diferentes espécies inclui, como elemento-chave, a comunicação entre indivíduos. Essa comunicação é necessária para o bem-estar e para a sobrevivência.

  Nas espécies mais avançadas, o altruísmo, a defesa de ideais comuns, as emoções. 
  Só lembramos aquilo que gravamos, aquilo que foi aprendido. Rumo ao futuro, o efêmero presente em que vivemos. Não somos outra coisa se não isso; não podemos sê-lo. Se não temos hoje a Medicina entre nossas memórias, não poderemos praticá-la amanhã. Se não nos lembramos de como se faz para caminhar, não poderemos fazê-lo. Se não recebemos amor quando crianças, dificilmente saberemos oferecê-lo quando adultos.

  O conjunto das memórias de cada um determina aquilo que se denomina personalidade ou forma de ser. Um humano ou um animal criado no medo será mais cuidadoso, introvertido, lutador ou ressentido, dependendo de suas lembranças específicas mais do que de suas propriedades congênitas. Nem sequer as memórias dos seres clonados (como os gêmeos univitelinos) são iguais; as experiências de vida de cada um são diferentes. Uma vaca clonada de outra vaca terá mais ou menos acesso à comida do que a vaca original, ficará prenhe mais ou menos vezes, seus partos serão mais ou menos dolorosos, sofrerá mais a chuva ou o calor que a outra; e as duas não serão exatamente iguais, exceto na aparência física.

 Memória têm os computadores, as bibliotecas, o cachorro que nos reconhece pelo cheiro depois de vários anos, os elefantes de quem se diz terem muita (mas ninguém mediu), os povos ou países e, logicamente, nós, os humanos. Mas cada elefante, cada cachorro e cada ser humano é quem é, um indivíduo díferente de qualquer congênere, graças justamente à memória; a coleção pessoal de lembranças de cada indivíduo é distinta das demais, é única. Todos recordamos nossos pais, mas os pais de cada um de nós foram diferentes. 

Todos recordamos, geralmente vaga mas prazerosamente, a casa onde passamos nossa primeira infância; mas a infância de uns foi mais feliz que a de outros, e as casas de alguns desafortunados trazem más lembranças. Todos recordamos nossa rua, mas a rua de cada um foi diferente. Eu sou quem sou, cada um é quem é, porque todos lembramos de coisas que nos são próprias e exclusivas e não pertencem a mais ninguém. Nossas memórias fazem com que cada ser humano ou animal seja um ser único, um indivíduo.

  O acervo das memórias de cada um nos converte em indivíduos. Porém, tanto nós como os demais animais, embora indivíduos, não sabemos viver muito bem em isolamento: formamos grupos. "Deus os cria e eles se juntam", afirma o ditado popular. Esse fenômeno é tanto mais intenso e importante quanto mais evoluído seja o animal. A necessidade da interação entre membros da mesma espécie, ou entre diferentes espécies inclui, como elemento-chave, a comunicação entre indivíduos. Essa comunicação é necessária para o bem-estar e para a sobrevivência. Nas espécies mais avançadas, o altruísmo, a defesa de ideais comuns, as emoções Só lembramos aquilo que gravamos, aquilo que foi aprendido. 

  Há basicamente dois tipos de memória de acordo com sua função. Uma, muito breve e fugaz, serve para "gerenciar a realidade" e determinar o contexto em que os diversos fatos. Acontecimentos ou outro tipo de informação ocorrem, se vale a pena ou não fazer uma nova memória disso ou se esse tipo de informação já consta dos arquivos. É a memória de trabalho.          Serve para manter durante alguns segundos, no máximo poucos minutos, a informação que está sendo pro­cessada no momento, e também para saber onde estamos ou o que estamos fazendo a cada momento, e o que fizemos ou onde estávamos no momento anterior. Dá continuidade, assim, a nossos atos.

  A memória de trabalho diferencia-se das demais porque não deixa traços e não produz arquivos.     Os demais tipos de memória, como veremos, sim. A memória de trabalho se define melhor através de exemplos. Usamos me­mória de trabalho, por exemplo, quando "conservamos" na consciência por alguns segundos a terceira palavra da frase anterior (que a esta altura, já esquecemos).
  A retenção dessa palavra só serviu para conseguir entender essa frase, seu contex­to e o significado do que veio a seguir. Usamos a memória de trabalho quando perguntamos para alguém o número de telefone do dentista: conservamos esse número o tempo suficiente para discá-lo e, uma vez feita a comunicação correspondente, o esquecemos.

 Um exemplo típico de memória de trabalho é o da terceira palavra de minha frase anterior: ao ler, a conservamos por alguns segundos, o suficiente para poder entender essa frase e talvez a seguinte; mas a esquecemos para sempre, logo depois. Ao escrevê-la, eu tive que conservá-la na minha mente também por alguns segundos para saber o que estava escrevendo,e apaga-la logo depois, para não con­fundir minha escrita. Usamos a memória de trabalho quando perguntamos para alguém o número de telefone do dentista: conservamos esse número o tempo suficiente para discá-lo e,uma vez feita a comunicação correspondente, o esquecemos.

As memórias que registram fatos , eventos ou conhecimentos chama-se declarativas, porque nós os seres humanos, podemos declarar que existem e podemos relatar com as adquirimos.
Entre elas, as referentes a eventos as quais assistimos ou das quais participamos denominam-se
episódicas ou autobiográficas; as de conhecimentos gerais semânticas.
Essas expressões provém também da analogia com sistemas de Redes Neurais que cumprem essas funções em redes neurais em computação e Robótica.

                                           https://juliosergiodesouza.blogspot.com/

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